Seu moço eu venho de longe
onde a seca prevaleçe
Onde a macambira mucha
e o nordestino padeçe
Onde a água de baixo sobe
e a de cima não desce.
É terra de homem forte
predestinado a sofrer
Vendo tudo se acabar
e não ter prá onde correr
andar de um lado pro outro
é triste seu padecer.
levanta de manhanzinha
bota os olhos no nascente
reza prece e ladainha
missa de corpo presente
mas nadas explica a tristeza
que o sertanejo sente.
Se debruça na janela
triste e desconsolado
lembrando o tempo das chuvas
milho cobrindo o roçado
as lágrimas caem do rosto
deixando o torrão molhado.
kakole SP. 15.03.08
quarta-feira, 29 de abril de 2009
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