Adimiro a natureza
do divino, a sua obra
vendo um tejo enfurecido
brigando com uma cobra
numa batalha infernal
os dois de igual prá igual
ver na disputa quem sobra.
O tejo rápido e feroz
ataca com violencia
se desviando dos botes
da cobra com evidencia
sendo mordido, ele corre
e do veneno, não morre
sabe o poder da ciência.
Saindo na ligeireza
correndo em disparada
sai em direção do mato
numa carreira danada
e se valendo da sorte
sabendo que alí a morte
prá ele está preparada.
Sai em busca de uma planta
que nasce no matagal
para curar-lhe a ferida
que fez o outro animal
na procura permanente
abandonando a serpente
e foi salvar-se do mal.
Também vejo um gavião
num suave peneirado
se preparando prá caça
faz um plano elaborado
alí o bote é ligeiro
pleno, veloz e certeiro
num animal descuidado.
Vai se aproximando a noite
o dia vai se findando
a passarada em gorjeios
nos galhos se empoleirando
e uma galinha orgulhosa
toda elegante, garbosa
com seus pintos se aninhando.
A gata velha descança
no batente da janela
escutando sonolenta
um barulho de panela
vaz ou outra se levanta
esperando ver a janta
do dono e da dona dela.
São coisas que o sertanejo
costuma sempre enxergar
estas cenas tão brejeiras
para quem quizer olhar
no painel da natureza
que se reflete a beleza
do povo desse lugar.
SP. 19.11.07
quarta-feira, 29 de abril de 2009
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