quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pajeú, glória e coragem

Eu hoje to com saudades

Do tempo que fui ciança

Lá no sitio Jaburú

Eu, Paulo, Ronaldo e França

de tantas coisas bonitas

que não me saem da lembrança.



da casa velha que um dia

fizemos nossa morada

do umbuzeiro frondoso

bem na beira da estrada

e uma porteira velha

com a tramela quebrada.



Cercada de algarobas

que enfeitavam o quintal

de onde a passarinhada

num canto fenomenal

gorgeavam seus trinidos

num canto celestial.



Onde passáva-mos os dias

trabalhando no roçado

plantando milho e feijão

cuidando também do gado

só ia embora á noitinha

de suor todo molhado.



E nóis quando estava em casa

rodeando aquela mesa

com uma lamparina acesa

rodeada de carvão

a gata miava ao chão

periquito na parede

criança chora na rede

mulher canta ladainha

mamãe lhe ofereçe água

respondendo da cozinha.



Quem conheçeu o sertão

não se esqueçe jamais

de um povo tão prestativo

cheio de amor e paz

que lhe ofereçe comida

depois pergunta: Quer mais?

com nóis não se tem frescuras

tanto fez como tanto faz.



No pajeú é assim

todo mundo é feliz

traz no sangue essa mistura

que é dada como raíz

seja no sul ou no norte

seja em qualquer país

seja pedro josé ou dimas

rafael, João ou Luiz.



As treis Marias porém

são treis pessoas descentes

cada qual com sua luta

msmo sendo diferentes

trazem no sangue essa garra

puxaram tudo a vozinha

são essas treis maravilhas

Côca, Izabel e Novinha.



Sp Kakole - 23.06.05

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