Eu sou filho do nordeste
do interior do mato
Onde o poeta gloseia
Seus versos de fino trato
com sentimentos profundo
Levando ao resto do mundo
educação e recato.
Onde se canta o repente
sob inspiração de amor
mostrando aquilo que sente
como se fosse um louvor
um sertanejo que canta
a sua tristeza espanta
preservando seu valor.
A poesia é constante
quem canta nunca se cala
Levando consigo o dom
nos versos de quem vos fala
logo tão bem inspirado
procura dar o recado
prá quem se encontra na sala.
O poeta tem a alma
repleta de sentimento
mantida por uma calma
manifestada com o tempo
Segredos somente seus
Dádiva dada por Deus
que se transporta no vento.
A morte de um poeta
causa dor e emoção,
Deixa a natureza triste
Feridas no coração
O céu de tristeza chora
O sol se fecha na hora
Em que se baixa o caixão.
Minha terra é conhecida
como o berço da poesia
Onde se faz o repente
seja de noite ou de dia
Onde se brota o desejo
que traduz do sertanejo
Tudo que nele se cria.
Na vida tudo é incerto
Certeza, só tem a morte
Prá aquele que teve a sorte
de ser repentista um dia
Faça como fez Filó,
Lourival Batista e Jó
No reino da poesia.
Louvarei alguns poetas
que pisaram este torrão
talvez não lembre de todos
mas tenho no coração
poetas de fino trato
que conviveram com o mato
Nascidos no meu sertão.
lembro de Zé marcolino
cantando comigo um dia
No bar de João Macambira
Eu, ele, Jó, Zá e Bia
num quinteto organizado
Com um violão bem tocado
Oassamos o resto do dia.
Logo depois chegou Louro
com seu cigarro apagado
Sentou-se num tamborete
que se encontrava do lado
e alí observando
a turma toda cantando
também quiz dar seu recado.
Eu, como todo vivente
fui testemunha ocular
guardo em minha memória
o que aconteceu no bar
coisas que por mim vividas
jamais serão esquecidas
do povo desse lugar.
SP 14.03.08
quarta-feira, 29 de abril de 2009
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